sábado, abril 26, 2003
MALDITOS IMIGRANTES: Segundo o Diário de Notícias, a direita em peso apresentou-se no Parlamento sem cravos. Não é, necessariamente, sinal de menosprezo pela data. Também pode ter sido para não dar dinheiro aos vendedores de flores indianos, que estão cá a tirar o lugar aos nossos. RAP
posted by Gato 10:59 da tarde
PARABÉNS ATRASADOS: Ontem, actividades várias (umas mais revolucionárias que outras) impediram-me de aqui escrever o seguinte: 25 de Abril sempre! Fascismo nunca mais! RAP
posted by Gato 1:29 da tarde
29 ANOS, 29 CENTÍMETROS: N’ A Coluna Infame, João Pereira Coutinho celebra, comovido, o Dia da Liberdade. Diz ele:
25 de Abril. Recordo esta data com uma lágrima no canto do olho. Foi no dia 25 de Abril que perdi, penhorado, a virgindade. Lembro-me bem: uma caseira dos meus tios que pululava pela herdade com os seus seios juvenis e fartos. A apanha dos morangos. O morgadinho - neste caso, eu - que se aproximou silenciosamente de Carmela (assim se chamava a petiza). E o encontro de dois corpos tomados por desejo insano, entre o galinheiro e a horta. O momento foi particularmente feliz porque Carmela era filha de um sindicalista da Marinha Grande que nutria pelo grande patronato um ódio desmedido e bestial. Foi o meu primeiro encontro com a Esquerda e a Revolução.
Agora vejam bem como é a vida. Não é que conheço uma história muito parecida, que se passou com um meu amigo? Chamemos-lhe Bernardo d’Orey Vasconcellos e Souza d’Almeyda e d’Andrade (nome fictício), para proteger a sua identidade. Também ele perdeu a virgindade no dia 25 de Abril. Foi com um moçambicano chamado Reinaldo. O “Bernardo” estava na herdade dos pais, no Alentejo, à sombra de um sobreiro, a ler. De manhã tinha lido o The Meaning of Conservatism, de Scruton e agora estava a acabar o Against the Current, de Isaiah Berlin. Já não iria começar o Rationalism in Politics and Other Essays, de Oakeshott, que tinha comprado em Londres no fim de semana anterior, porque foi nessa altura que apareceu o Reinaldo, a distribuir panfletos sobre a Reforma Agrária. O momento foi particularmente feliz para o meu amigo porque o Reinaldo acumulava funções no seu país: além de membro do comité central da Frelimo, era presidente do Grupo Desportivo dos Operários de Maputo, em cujos balneários granjeara a alcunha de “O Mastro”. Apodo, aliás, amplamente merecido, segundo o “Bernardo”. Foi o primeiro encontro desse meu amigo com a Esquerda e a Revolução. E ele nunca mais quis outra coisa. RAP
posted by Gato 1:27 da tarde
sexta-feira, abril 25, 2003
Gato Fedorento é, como o próprio nome indica, um blog de opiniões e de polémica. Aliás, a polémica começa logo nesta apresentação porque, dos quatro autores do Gato Fedorento, um acha que o blog não devia ter polémica, outro defende que não devia ter opiniões e outro entende que não devia ser um blog, mas sim um espectáculo de marionetas. O quarto não quis dar a sua opinião, atitude que os outros três consideraram polémica.
À partida, este blog apresenta-se com ideias claras e com um objectivo preciso. Infelizmente, perdemos o papel onde tínhamos isso apontado. Mas eram, de facto, ideias mesmo muito claras, e o objectivo, esse, era particularmente preciso.
Aqui serão abordados diversos temas, com destaque para estes: literatura, política, seios femininos, cinema, a carreira de Tonicha (em especial o período que medeia entre 1977 e 1981) e futebol.
posted by Gato 3:59 da tarde
quarta-feira, abril 23, 2003
Gato fedorento
Gato fedorento
Que comida é que te andam a dar?
Gato fedorento
Gato fedorento
A culpa não é tua.
posted by Gato 4:26 da tarde